quinta-feira, 16 de junho de 2011

DECLÍNIO DA INFLAÇÃO ???????

BC vê tendência de declínio para inflação acumulada

A ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada hoje pelo Banco Central (BC), repetiu a análise de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) terá dois momentos distintos em 2011. "Neste trimestre e no seguinte, a inflação acumulada em doze meses tende a permanecer em patamares superiores àquele observado no primeiro trimestre", informou do documento. "Entretanto, a partir do quarto trimestre, o cenário central indica tendência declinante para a inflação acumulada em doze meses, ou seja, deslocando-se na direção da trajetória de metas."
O centro da meta de inflação para 2011 e 2012 é de 4,5%, sendo que a margem de tolerância para o índice é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos. A inflação considerada oficial pelo governo é a do IPCA, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Commodities
O Copom avalia que, a despeito da recente moderação, os preços das commodities estão envoltos em grande incerteza e representam riscos "relevantes" para a trajetória da inflação. Além das commodities, a ata do Copom informa que a persistência do descompasso entre a oferta e a demanda, apesar dos sinais de que deve se reduzir, também representa risco relevante para a inflação.
O comitê destaca a estreita margem de ociosidade dos fatores de produção, especialmente de mão de obra. "Em tais circunstâncias, um risco muito importante reside na possibilidade de concessão de aumentos de salários incompatíveis com o crescimento da produtividade e suas repercussões negativas sobre a dinâmica da inflação", diz o BC.
Apesar dessas ponderações, as informações preliminares sobre o ritmo de crescimento da economia no segundo trimestre sugerem uma perspectiva favorável para a atividade econômica, aponta a ata do Copom. Para o BC, isso ocorre num ambiente em curso de moderação da expansão da demanda doméstica "em ritmo ainda incerto". O BC destaca que a expansão da oferta do crédito continuará.
"Essa avaliação encontra suporte em sinais que, apesar de indicarem certo arrefecimento, apontam que a expansão da oferta de crédito tende a persistir tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas; e no fato de a confiança de consumidores e de empresários se encontrar em níveis historicamente elevados, a despeito de acomodação na margem, entre outros fatores", destaca o documento.
Para o Copom, o dinamismo da atividade doméstica continuará a ser favorecido pelo vigor do mercado de trabalho, que se reflete em taxas de desemprego historicamente baixas e em substancial crescimento dos salários.